Em geral, em atendimentos médicos, é comum que o conhecimento sobre o que é melhor para o nosso corpo esteja nas mãos dos médicos. Numa infecção, por exemplo, é ele quem diz qual antibiótico tomar e por quanto tempo.
Por isso não é incomum essa expectativa de que sempre será o médico ou o psicólogo quem dirá quando uma medicação é necessária ou não.
Mas em saúde mental não é bem assim. Crises de ansiedade, por exemplo, costumam ter sintomas diferentes em pessoas diferentes. Algumas pessoas podem ter problemas com o sono, ou com a alimentação, ou a disposição. Mas quem sente o sintoma sempre será aquele que poderá melhor dizer quando faz sentido ou não usar uma medicação para lidar com um sofrimento.
O que você pode dizer sobre a tua saúde mental quando está diante de um profissional?
O que você sabe sobre o teu sofrimento?
Qual a tua participação no teu diagnóstico?
Você faz parte dele ou é o profissional que sabe mais sobre você do que você mesmo?
Já te indicaram medicação que você não concordou? Ou não quiseram te indicar, mas você sente que há necessidade?